sábado, 5 de maio de 2007

Mesmo que seja bizarro

Foto by Túlio Mayrink

















O telefone toca; do outro lado sua amiga mais louca e insana solta em alto e bom som: senta senão você vai cair dura com o que vou te contar...
Amiga eu vou casar!


Sabe aquelas coisas inacreditáveis que são necessárias contemplar ao vivo, e se possível tocar para comprovar que é verdade? Uma dessas coisas será o casamento de Bebel!
Marcamos o encontro das “amigas” para tricotar, pegar os convites do casório e tocar na aliança de Bel e ver que será real, o casório, que para nós seria algo dificílimo de acontecer. Para todas o lema era: a Bel? Ah ela não casa de jeito nenhum. Contrariando todas, será a primeira!
Okay, passado o susto, coube as amigas que agora assumiram o papel de madrinhas, organizar o chá de panela de Bebel. Resolvemos fazer uma farra com ela, e pedi a Guto meu amigo para fazer uma performance e algumas brincadeiras com o casal mas, uma legião de idiotas, preconceituosos simplesmente acabaram com aquilo que seria uma brincadeira. Com piadas totalmente homofobicas, mentalidade de conservadores prepotentes alem de envergonhar a muitos gerou algo inesperado para todos: Guto se transformou na sensação da festa e roubou a cena como sempre. Foram muitas fotos, gargalhadas, conselhos e mais fotos...
O melhor de amigo de uma mulher realmente é um gay!
Amigo incrível, você brilhou como sempre transformou a tarde fria do Miguelão em um caloroso show de fotos e babados!




sexta-feira, 4 de maio de 2007

Run away

Foto by Renata Carvalho
FUGIR
[Do latim: fugere.]
verbo intransitivo.

1. Desviar-se, ou retirar-se apressadamente, para escapar a alguém ou a algum perigo; pôr-se em fuga, arrancar(-se), derrancar(-se). [Sin. (bras., MG): picar a mula.]
2. Retirar-se em debandada: abalar, abancar, abrir, abrir no mundo, abrir no pé, abrir nos paus, abrir o arco, abrir o chambre, abrir do chambre, abrir o pala, abrir o pé, abrir os panos, afundar no mundo, aguçar-se, arrancar(-se), arribar no mundo, azular, azular no mundo, bancar veado, bater a bela plumagem, bater a linda plumagem, bater asa, bater asas, bater as asas, bater em retirada, botar o pé no mundo, cair fora, cair na tiguera, cair nas folhas, cair no bredo, cair no mato, cair no mundo, cair no oco do mundo, campar, capar o mato, capinar, dar à canela, dar aos calcanhares, dar às de vila-diogo, dar às pernas, dar com o pé no mundo, dar na pista, dar no pé, dar nos cascos, dar nos paus, dar o fora, dar o pira, derreter, derreter na quiçaça, desabalar, desatar o punho da rede, desunhar, enfiar a cara no mundo, ensebar as canelas, entupir no oco do mundo, escamar-se, escapulir(-se), esquipar, fazer chão, fazer a pista, folhar, ganhar o mato, ganhar o mundo, garfiar, jogar no veado, largar terra para favas, levantar vôo, mandar-se, mandar-se dizer na estrada, meter o arco, meter o pé no mundo, mostrar as costas, passar sebo nas canelas, pisar, pisar no mundo, pisar no tempo, pisgar-se, pôr-se ao fresco, pôr sebo nas canelas, zarpar.]
3. Ir-se afastando; ir-se perdendo de vista
4. Passar rapidamente
5. Desviar-se, apartar-se
6. Evitar, afastando-se
7. Livrar-se de incorrer em; livrar-se de; evitar
8. Não ocorrer oportunamente


Estou pensando seriamente em colocar uma mochila nas costas, com uma câmera fotográfica, e sair por ai...

quinta-feira, 3 de maio de 2007

O nada que leva a algum lugar...

Self portrait
Ócio: pré-requisito para o pensar (conhecimento teórico).
Não foi para a humanidade de maneira geral, é uma conquista que atende apenas a uma parte da comunidade, aquela que vai se dedicar ao trabalho intelectual.
Kika
Resumo, a falta do que fazer é um privilégio para poucos, fato é que o sol nasce para todos mas, a sombra é somente para alguns.
Após uma aula de Filosofia do Lazer cheguei a seguinte conclusão: quero viver uma vida de ócio contemplativo! Chega de uma vida regrada a trabalho e lazer que na verdade não passa de um pré-requisito para aceitar as dificuldades da vida, como uma válvula de escape, uma distensão das dificuldades, sacrifícios da vida ativa (associado à questão do trabalho).
Os verdadeiros prazeres nos colocam em contato com a eternidade, são prazeres reais, para os quais não tenho as limitações do corpo, pois estão associados à mente e só tem um pré-requisito: ócio!
Okay, muitos não compreenderam nada, tudo bem, também estou aprendendo.
Bom mesmo é sentar no banco da Praça de Valinhos- SP, olhar para o alto e contemplar uma figueira carregada !
Homenagem a minha doce amiga Angel, especialista em ócio contemplativo nas figueiras de Valinhos !

quarta-feira, 2 de maio de 2007

Acenda a luz !

foto by Tulio Mayrink

Descobri a causa do obtido do meu vizinho: ele sofreu um derrame tempos atrás, e ontem sofreu algumas complicações. Mistério resolvido.
Hoje o comentário geral no condomínio, padaria, resumo na rua toda foi o falecimento.

Quanta curiosidade!
Após uma aula não muito interessante sobre Cultura e Poder Publico, estava discutindo com um colega sobre políticas adotadas ou não adotadas pela prefeitura, integrando regiões, promover e apoiar movimentos culturais nos bairros considerados “periferias”. Engraçado observar a compreensão errônea que as pessoas possuem de determinadas regiões consideradas de baixa renda. Limitam o acesso à cultura e ao conhecimento em oficinas de reciclagem de papel, internet para promover a inclusão digital.
Chegamos a conclusões que é melhor não comentar, mesmo sabendo que a web é provedora de um ambiente democrático, no qual o multiculturalismo é latente, creio que minhas palavras serão um mero ruído tanto quanto rude. Lembrei do brilhante discurso que meu tão admirado mestre, o professor Eduardo de Jesus realizou na minha colação de grau.
Foi algo que surpreendeu a todos. Suas palavras recheadas de paixão, força e vida, literalmente levantaram as pessoas ali presentes, não somente com uma salva de palmas mas, para uma reflexão do potencial encontrado longe dos holofotes e excluído dos grandes veículos de comunicação.
Flávio meu amigo e filosofo preferido, a maioria das vezes fruto de álcool etílico, costuma declarar: “muitos profissionais de comunicação são um bando de idiotas preconceituosos, querem atuar em grandes veículos e atender a uma minoria seleta”. Isso porque ele é jornalista. Imagine se não fosse.
Meu amigo assino embaixo.... Só posso dizer algo:
Viva a periferia! Uma pena que a porcaria da indústria cultural é cega!

terça-feira, 1 de maio de 2007

Luto

foto by Samantha's blog


Meu vizinho do 104 faleceu hoje.
Havia pouco mais de dois meses que ele se mudou para o meu prédio, não sei o seu nome, o que levou ao óbito, só sei que se foi.
Deixou para trás, pelo que sei filha, genro e uma netinha, que morava junto com ele, a família Martins.
Lembro-me de uma tarde que a enfermeira que prestava cuidados a ele veio ate minha casa, pois foi informada que já tivemos um home care aqui, quando meu pai estava doente. Ela veio me perguntar se tínhamos um balão de ventilação manual. Deduzi que havia alguém muito doente naquela casa, emprestei, mas não entrei em maiores detalhes, não cabia a eu perguntar.
Hoje por volta das 23:50 o “rabecão”da policia civil estacionou na porta do meu prédio, com respeito e silencio, prestamos o nosso adeus a um senhor sem face ate então, que morreu de uma causa desconhecida para mim, mas que deixara saudades no coração de quem o conhecia.
Descanse em paz vizinho sem face.

segunda-feira, 30 de abril de 2007

Tempo para tudo....

Foto by Renata Carvalho
Segunda-feira com cara de feriado, tambem véspera de feriado não é de se espera muito. Parece que um virus letal foi liberado na cidade e as pessoas literalmente fogem daqui, o que acho o máximo pois transforma a cidade no melhor lugar para descansar ! A unica coisa chata, ou não que esse break no meio da semana faz com que ela termine rapidinho.
Não compreendo o motivo de tudo está fluindo tão rápido, o meu relogio e dia ainda possuem 24 horas...
Enfim, estou aprendendo a estar sempre em dia com meu atraso....

domingo, 29 de abril de 2007

Achados e Perdidos

Foto by Bia -se ela tirou de algum site, ai já não sei a fonte, salvei do fotolog.


Domingo sem chuva…
Sol tímido deixando transparecer alguns raios através do céu bastante nublado, ventinho frio lembrando que possivelmente o outono no Brasil é perceptível.
Um dia de altos e baixos, mas, nem por isso menos interessante.
Perdi o meu caderno de anotações, nossa como estou sofrendo devido a isso, perolas estavam escritas ali, pensamentos, devaneios, lições de vida tiradas de um tempo obscuro da minha vida, parece que um filho se foi. O que me acalma é a esperança de que talvez ele tenha sigo acolhido por boas mãos, que minhas palavras encontrem terreno fértil em um coração que às vezes possa estar um pouco árido e necessitado de gotas de orvalho, ou lagrimas... mas se essa pessoa fizer dele um livro, não respondo por mim. Já estou começando um novo. Seguindo os ritos de uma mega perfecionista que sou, o novo caderno não terá os mesmo moldes do antigo, é IGUAL ao antigo, a mesma cor, gravuras, e estou brigando com minha memória para relembrar as frases e se possível coloca-la na mesma ordem que se encontravam no antigo. Puxa com eu complico as coisas.
Mas vamos aos achados. Hoje meu gatinho Vini chegou, a coisa mais gostosa do mundo é o sorriso e a sua frase mais falada: tia Rê que saudade. Achei a felicidade por longos e breves minutos. Pausa para uma reflexão dedicada a minha amiga Bionca: a felicidade quando bate na nossa porta avisa o dia e a hora que vai embora. Sim, Bia ela avisa, minha felicidade tem dois nomes: Vinicius e Ana Clara meus afilhados menos problemáticos, e já avisam o dia de ir embora: terça-feira. Assim comprovando a minha teoria: a felicidade quando chega avisa dia e hora que vai embora. Retornando aos Vini, diverti horrores com ele, pois ao me ver, jogou-se sobre mim e nos dois caímos no chão e daí para começar uma guerra de almofadas foi um pulo só. A imaginação corre solta, uma hora a almofada é escudo, na outra bazuca. Ana super dengosa bem que tentou explicar para a “tia” aqui que esse tipo de brincadeira era coisa de menino e que eu era menina e não poderia brincar assim. Após jogá-la no chão e consequentimente na brincadeira, reclamações do tipo: tia Rê vai estragar meu cabelo, ela se rendeu ao ringue e eram os meus dois pivetinhos contra mim. O engraçado é não sou nada fã de crianças, não tenho a mínima paciência com elas, mas esses dois com pequenos gestos de amor genuíno, gratuito e sincero têm mostrado para mim que a vida pode ser mais fácil. É tão mágica essa questão de marcar a vida deles com coisas simples, quando comentam com os pais: a tia me ensinou isso, fizemos aquilo, é como investir em algo infindável, nas memórias e lembranças que muitas vezes são eternizadas em cadernos.
Perdi meus pensamentos expostos no papel, gerei novos em poucos instantes de felicidade.
Meus pivetinhos, obrigada por ensinar a tia Rê o quão gostoso é amar vocês!