quinta-feira, 21 de junho de 2007

Não existem limites

Foto by Renata Carvalho
Ontem meu dia estava fluindo bem, acordei, estudei e muito, fui tomar sol na minha perna que doeu horrores na noite anterior, brinquei um pouco com a minha Colly, e fui almoçar com a Senhora minha mãe.
Para compreender esse post, vamos contextualizar minha mãe: uma pessoa integra, que morre mas fala a verdade, (tudo bem que as vezes esconde de mim coisas que não deveria mas, é so puxar a lingua que solta tudo.) racional ao extremo, fria, cuidadosa, racional, nem um pouco emotiva, sincera, batalhadora, não consegue elogiar, pés enterrados no chão, cabeça dura, zelosa....
Uma pessoa extremamente dificil para eu conviver, simplesmente pelo fato de sermos totalmente opostas. Sim, temos muito em comum, 10% digamos, mas, sou a pedra em seu sapato.
Enfim, fui almoçar com a Senhora minha mãe, e rolava uma conversa um tanto quanto interessante. Pausa: minhas conversas com minha mãe são somente no ambito intelectual pois ela não sabe o que é sentimento, ela nao chora por nada. E estavamos analisando algumas coisas quando uma pessoa seca e racional vem com toda a sua intelectualidade, lidar em um terreno que ela não possui nem um pingo de conhecimento: minhas emoções. Ai a briga começou legal. Briga entre minha mãe e eu: eu na emoção e ela sempre na razão. Sabe, hoje eu cansei. Cansei em primeiro lugar de ter que colocar uma mascara de racionalidade para lidar ou melhor privar a minha mae de um contato com algo que ela nao sabe: coração. Cansei de tentar tirar dela algo que não existe: carinho, elogio, afeto...
Doi saber que a minha familia desmoronou sem meu pai. Ele era a alegria da casa, trazia vida mesmo doente, chorava de rir, e chorava de emoção sem se envergonhar, carinhoso e presente... hoje a minha casa é um lugar silencioso, silencio de palavras pois não existe dialogo, no maximo um what's up, portas fechadas, vidas trancadas. Escrevo esse post a 1:30 de quinta, Pausa: todos vivemos em um fuso horario louco, para nós 1 da manha é igual 8 da noite. Minha mae em seu quarto, eu e colly no meu, meu irmao em algum canto dessa cidade fazendo sabe-se lá Deus o que. A contastação de que não tenho ninguem é real e doi mas, o que fazer? Não permitir que ninguem coloque nada em minhas asas, quero voar para longe... o teto não é meu limite, prefiro que seja de vidro pois mesmo sem poder voar no momento, não tiro meus olhos do foco !

2 comentários:

Anônimo disse...

vc e sua mae se dao bem assim: com 14 horas de diferença de fuso horario e oceanos separando vcs, ahhh ai é so love

Anônimo disse...

nao sei como vcs nao se mataram ainda